
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) oficializou, nesta segunda-feira (21), a criação da Matriz de Referência Comum para a Avaliação da Formação Médica. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e começará a valer em 1º de agosto de 2025.
Qual o objetivo da nova matriz?
A matriz tem como objetivo unificar os critérios de avaliação da formação médica no país, alinhando-os às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). A proposta busca garantir padrões pedagógicos consistentes, além de promover uma formação que integre conhecimentos teóricos, prática clínica e postura ética.
A portaria estabelece que o modelo será usado em exames sob responsabilidade do Inep, como o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) e o Revalida, voltado para revalidação de diplomas obtidos no exterior.
Áreas e competências avaliadas
A matriz contempla sete grandes áreas da prática médica:
- Clínica Médica
- Cirurgia Geral
- Ginecologia e Obstetrícia
- Pediatria
- Medicina da Família e Comunidade
- Saúde Mental
- Saúde Coletiva
Além do conhecimento técnico, as provas vão avaliar competências essenciais ao exercício profissional, como:
- Ética e bioética, com respeito à diversidade cultural, étnico-racial, de gênero e social;
- Comunicação clara e empática com pacientes, famílias e equipes multiprofissionais;
- Trabalho em equipe interprofissional e integração com o Sistema Único de Saúde (SUS);
- Formulação de hipóteses diagnósticas, definição de planos terapêuticos e execução de procedimentos baseados em evidências;
- Registro adequado de informações médicas e emissão de documentos legais;
- Compromisso com educação continuada e uso responsável de novas tecnologias na prática clínica.
Cenários práticos e conteúdos
Os exames terão como base situações reais do SUS, especialmente na Atenção Primária e Secundária. Entre os cenários previstos estão:
- Unidades Básicas de Saúde e equipes de saúde da família;
- Serviços de urgência e emergência, como UPAs e hospitais;
- Redes materno-infantis, de saúde mental, de reabilitação e de atendimento a doenças crônicas.
Os conteúdos cobrados vão desde fundamentos básicos das ciências médicas até temas de saúde pública. Entre eles:
- Bases moleculares, celulares e fisiológicas dos processos normais e patológicos;
- Semiologia e anamnese adequadas a cada fase da vida;
- Ética, relação médico-paciente e segurança da informação;
- Políticas públicas de saúde, epidemiologia e vigilância de doenças;
- Comunicação com pacientes, famílias e comunidades.

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