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terça-feira, 24 junho
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Bradicardia: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

A bradicardia é a condição em que o coração bate mais lentamente do que o normal, geralmente abaixo de 60 bpm em adultos. Pode ser causada por alterações no sistema elétrico do coração, uso de medicamentos ou doenças como o hipotireoidismo. Os sintomas variam de leves a graves e o tratamento depende da causa e da gravidade. Em alguns casos, não é necessário intervir.

Quais as causas da bradicardia?

  • Disfunção do nó sinusal: o marca-passo natural do coração falha em manter o ritmo adequado.
  • Bloqueios atrioventriculares: há interrupção ou atraso no sinal elétrico entre os átrios e os ventrículos.
  • Doença do nó atrioventricular: comprometimento da condução elétrica entre as câmaras cardíacas.
  • Hipotireoidismo: a baixa produção hormonal desacelera o metabolismo, incluindo os batimentos cardíacos.
  • Hipotermia: temperatura corporal extremamente baixa reduz a frequência cardíaca.
  • Apneia do sono: interrupções respiratórias noturnas podem alterar o ritmo cardíaco.
  • Uso de drogas e medicamentos: substâncias como betabloqueadores e sedativos podem reduzir a frequência cardíaca.
  • Isquemia cardíaca ou infarto prévio: danos no tecido cardíaco afetam a condução elétrica.
  • Doenças inflamatórias e infecciosas: miocardite, febre reumática e doença de Lyme são exemplos.

Tipos de bradicardia

  • Bradicardia sinusal: desaceleração do ritmo pelo próprio nó sinusal. Pode ser fisiológica (em atletas) ou patológica.
  • Bloqueios atrioventriculares (AV): divididos em graus (1º, 2º e 3º), indicam dificuldade ou falha total na condução elétrica entre átrios e ventrículos.
  • Bradicardia por drogas: provocada pelo uso de medicamentos que afetam o sistema de condução cardíaco.
  • Bradicardia funcional: ocorre em repouso ou sono, sem anormalidades estruturais.

Fatores de risco da bradicardia

  • Idade avançada;
  • Doença arterial coronariana;
  • Histórico de infarto do miocárdio;
  • Doenças cardíacas congênitas;
  • Hipotireoidismo;
  • Síndrome da apneia do sono;
  • Uso prolongado de certos medicamentos;
  • Distúrbios eletrolíticos.

Medicações que causam bradicardia

  • Betabloqueadores;
  • Bloqueadores dos canais de cálcio;
  • Digoxina;
  • Antiarrítmicos;
  • Clonidina;
  • Lítio;
  • Sedativos e anestésicos.

Quais são os sintomas da bradicardia?

Sintomas leves:

  • Fadiga;
  • Tontura leve;
  • Intolerância ao exercício;
  • Sensação de cabeça “vazia”.

Sintomas graves:

  • Desmaios;
  • Dor no peito;
  • Falta de ar;
  • Confusão mental;
  • Pressão arterial muito baixa;
  • Parada cardíaca.

A intensidade e a frequência dos sintomas variam conforme a causa, idade e condição clínica da pessoa. Em muitos casos, a bradicardia é assintomática.

Como é feito o diagnóstico da bradicardia?

Etapas comuns:

  • Avaliação clínica;
  • Medição da frequência cardíaca;
  • Exames de imagem e testes de função elétrica cardíaca.

O diagnóstico é feito por médico cardiologista ou clínico geral com base na frequência cardíaca menor que 60 bpm, associado ou não a sintomas. A ausculta cardíaca, o histórico clínico e os exames complementares são essenciais para determinar a gravidade e a causa.

Exames complementares importantes

  • ECG: identifica o tipo e grau da bradicardia;
  • Holter 24h: monitora a frequência cardíaca ao longo do dia;
  • Teste de esforço: avalia a resposta do coração durante atividade física;
  • Ecocardiograma: examina a anatomia e a função do coração;
  • Estudo eletrofisiológico: investiga alterações na condução elétrica.

Qual o tratamento para bradicardia?

  • Suspensão ou ajuste de medicamentos causadores;
  • Correção de causas secundárias;
  • Uso de marca-passo em casos graves ou de bloqueio AV avançado;
  • Tratamento de doenças de base, como distúrbios eletrolíticos;
  • Acompanhamento regular com cardiologista.

O tratamento sempre depende da gravidade dos sintomas e da causa subjacente.

Quando a bradicardia é normal?

A bradicardia pode ser considerada normal em atletas bem condicionados, durante o sono ou em repouso. Nestes casos, o coração se adapta e continua bombeando sangue de forma eficiente. Segundo estudos da American Heart Association, esses casos não requerem tratamento.

Diferenças da bradicardia materna e bradicardia fetal

CaracterísticaBradicardia maternaBradicardia fetal
CausasMedicamentos, distúrbios hormonaisSufoco fetal, malformações cardíacas
SintomasFadiga, tontura, desmaioAlterações no batimento fetal
DiagnósticoECG e exames laboratoriaisUltrassonografia e cardiotocografia
CondutaAcompanhamento ou marca-passoAvaliação obstétrica urgente
Fontes: The outcomes and risk factors of fetal bradycardia associated with external cephalic version; Fetal Bradycardia Caused by Monogenic Disorders-A Review of the Literature

Bradicardia na gravidez é normal?

A bradicardia materna leve pode ser fisiológica devido às alterações hormonais e cardiovasculares da gestação. Já a bradicardia fetal preocupa quando menor que 110 bpm, principalmente se for persistente ou associada a sofrimento fetal. Nestes casos, é indicado monitoramento imediato por equipe obstétrica.

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