
A dor pélvica é uma dor sentida na região abaixo do abdome, também conhecida como “pé da barriga”, muito comum em mulheres. As causas podem ser devidas à cólicas mentruais ou gravidez, ou até mesmo infecção urinária, apendicite, hérnia inguinal, endometriose ou compressão dos nervos.
Dentre essas causas, a Doença Inflamatória Pélvica é uma das mais sérias, pois influencia na fertilidade da mulher, ainda assim, é evitável. Por isso, vamos explorar mais um pouco dela!
Causas da Dor Pélvica
Retomando, as principais causas podem ser:
Infecção urinária
É a causa mais frequente, tanto em homens como mulheres. Normalmente a dor surge com uma sensação de peso na região da bexiga e é acompanhada de outros sintomas característicos, como vontade frequente para urinar, dor ou queimação ao urinar, febre baixa e alterações nas características da urina.
Nesse caso, é recomendado procurar um médico urologista ou clínico geral para realizar exame de urina para confirmar a presença de bactérias. Geralmente essa causa é tratada com antibióticos como Fosfomicina ou Nitrofurantoína, e até mesmo com analgésicos para alívio do desconforto.
Endometriose
Também uma das causas de dor pélvica mais comuns entre mulheres. Caracteriza-se como doença ginecológica inflamatória crônica, quando o endométrio está presente fora da cavidade uterina, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Além da dor pélvica, a condição engloba outros sintomas, como:
- Cólicas menstruais intensas;
- Dor durante a relação sexual;
- Fluxo menstrual intenso;
- Alterações intestinais e/ou urinárias durante a menstruação;
- Infertilidade.
Os exames laboratoriais e de imagem envolvem:
- Exame CA-125 (exame de sangue);
- Ultrassom transvaginal;
- Ressonância magnética (RM) de pelve;
- Tomografia computadorizada.
Doença Inflamatória Pélvica
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) envolve dor na pelve, dor na lombar, dor durante a relação sexual, febre, corrimento vaginal e dor ao urinar. Ocorre pela propagação de agentes infecciosos nos órgãos sexuais internos.
Os exames para diagnóstico envolvem:
- Ultrassonografia pélvica (transabdominal e transvaginal);
- Tomografia computadorizada de pelve;
- Ressonância magnética de pelve.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
As IST’s, ou infecções sexualmente transmissíveis, são infecções que podem ser transmitidas através da relação sexual e que geralmente afetam os órgãos reprodutores.
Assim, diferentes tipos de ISTs podem causar dor pélvica, que normalmente é também acompanhada de outros sintomas indicativos de IST’s como corrimento com mau cheiro, coceira intensa na região íntima, feridas ou dor ao urinar, por exemplo
Como diagnosticar a dor pélvica?
Geralmente, o médico ginecologista é o especialista que diagnostica a dor na pelve através de uma anamnese detalhada do paciente, além do exame físico minucioso e exame pélvico. Outros exames também podem ser realizados para confirmação da condição, como:
- Exame de urina;
- Exame de sangue;
- Ultrassonografia pélvica;
- Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada.

Critérios de Avaliação Da Gravidade
A avaliação inicial da paciente deve incluir o exame dos sinais vitais e estado geral, procurar sinais de sepse e exames na região do abdome (busca por sinais de peritonite). Alguns sinais mais específicos: corrimento vaginal purulento, dor à mobilização do colo e toque vaginal, infecções urinárias e infecção do trato urinário.
Critérios Avaliados | |
LEVE | Ausência de sinais de infecção sistêmica ou sepse; Ausência de sinais de peritonite ou massa anexial |
COMPLICADA | avaliação de leucocitose e inflamações; identificação do agente etiológico em diagnóstico diferencial (laparoscopia, urocultura e USG transvaginal) |
Em casos de DIP complicada com abscesso, gestação, imunossupressão, instabilidade hemodinâmica e dúvida diagnóstica, precisa ocorrer a internação da paciente!
Tratamento da dor pélvica
O tratamento da dor pélvica depende da causa associada. Para a dor na pelve relacionada ao ciclo menstrual, são utilizadas pílulas anticoncepcionais.
É possível que também seja necessário tomar analgésicos. Inicialmente, trata-se a dor com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno.
Além disso, há também o tratamento específico a cada infecção descoberta, mas quando em dúvida, a antibioticoterapia ocorre com Ceftriaxone e Doxiciclina ou Azitromicina e Metronidazol (não obrigatório). Em casos complicados, o tratamento é hospitalar, com combinação de antibióticos por pelo menos 14 dias. Se a paciente tiver abscesso tubo-ovariano, é preciso promover cobertura de anaeróbios. Sem melhoras, é preciso drená-los!
Por fim, como também são doenças obtidas por meio de relações sexuais, o tratamento do parceiro é, também, essencial!

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