Esclerose múltipla: o que é, sintomas, causas, tratamento e prognóstico

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Imagem: Canva.
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A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, bem como o cérebro e a medula espinhal. A causa ainda é desconhecida, mas envolve uma reação autoimune. 

O que leva uma pessoa a ter esclerose múltipla?

As causas da esclerose múltipla não são completamente compreendidas, entretanto, cientistas acreditam  que uma combinação de fatores genéticos e ambientais, infecções virais, baixa vitamina D e tabagismo possam estar envolvidos.

Sintomas da esclerose múltipla

Os sinais e sintomas podem variar de pessoa a pessoa e dependem da localização dos neurônios comprometidos. Assim, os principais são:

  • Fadiga;
  • Alterações na fala e deglutição;
  • Transtorno cognitivo;
  • Transtorno emocional;
  • Problemas no trato urinário e intestinal;
  • Transtornos visuais;
  • Problemas de equilíbrio e coordenação;
  • Rigidez excessiva em algum membro do corpo.

Quais são os primeiros sinais da esclerose múltipla?

Os primeiros sinais da esclerose múltipla podem ser sutis e variados, mas na maioria dos casos envolvem:

  • Visão embaçada;
  • Fraqueza muscular;
  • Formigamentos;
  • Desequilíbrio;
  • Fadiga intensa;
  • Dificuldade na fala;
  • Problemas cognitivos leves.

Sintomas tardios

Os sintomas tardios podem envolver:

  • Espasticidade;
  • Dificuldade de locomoção;
  • Alterações cognitivas e urinárias.

Vale ressaltar que a evolução da doença depende do tipo da esclerose e da resposta do tratamento.

Tipos de esclerose múltipla

Existem quatro tipos principais da esclerose múltipla:

  • Surto-remissão (EMSR): essa é a forma mais comum da doença com cerca de 85% dos casos. Envolve episódios de sintomas neurológicos, chamados de surtos, que surgem rapidamente, seguidos de períodos de remissão, no qual os sintomas diminuem ou desaparecem;
  • Primária progressiva: nessa forma, a doença progride desde o início, sem período de remissão;
  • Secundária progressiva: esse tipo geralmente se desenvolve em pessoas que, inicialmente, tiveram a forma recorrente da doença. Assim, a condição piora gradualmente, com ou sem episódios de surtos;
  • Progressiva com surtos: caracteriza-se como uma forma rara da doença, com uma piora gradual dos sintomas e com episódios de surtos agudos que podem levar ao aumento temporário da incapacidade.

Onde a esclerose múltipla “ataca” no corpo?

A esclerose múltipla atinge o cérebro, a medula espinhal e os nervos ópticos. As áreas comuns de lesão envolvem:

  • Corpo caloso;
  • Nervo óptico;
  • Cerebelo;
  • Medula cervical.
Ressonância magnética com lesões típicas | Fonte: Researchgate

Como é feito o diagnóstico da esclerose múltipla?

Clinicamente, o diagnóstico envolve a anamnese detalhada, entendimento do histórico de surtos e a avaliação neurológica. Até o momento, não há um único exame confirmatório, mas pode envolver o exame de ressonância magnética e testes adicionais.

Exames utilizados no diagnóstico

Os exames mais comuns para diagnóstico são:

  • Ressonância magnética: é fundamental para identificar áreas de lesões na bainha de mielina, no cérebro e na medula espinhal.
  • Punção lombar: conhecido como análise de líquido cefalorraquidiano, permite detectar a presença de bandas oligoclonais.
  • Potenciais evocados: são testes que avaliam a resposta do sistema nervoso a estímulos sensoriais, além de poder indicar alterações na condução nervosa.
  • Exame de sangue: realizado para excluir outras causas.

Qual o tratamento para esclerose múltipla?

Não existe uma cura para a esclerose múltipla, no entanto, há alguns tratamentos com o objetivo de reduzir surtos, desacelerar a progressão da doença e controlar os sintomas, como:

  • Corticosteróides: utilizados por um curto período de tempo para amenizar os sintomas;
  • Medicamentos para ajudar a controlar o sistema imunológico: são utilizados para ajudar a impedir o sistema imunológico de atacar as bainhas de mielina.
  • Controle de sintomas: é comum o uso de relaxantes musculares para controle de espasmos, clonazepam para tremores, amantadina para fadiga, antidepressivos e medicamentos para incontinência urinária.

Medicamentos modificadores da doença

Existem também alguns medicamentos modificadores da doença, como:

  • Interferons;
  • Glatirâmer;
  • Fingolimode;
  • Natalizumabe;
  • Ocrelizumab.

No entanto, a escolha do medicamento depende do tipo de esclerose e perfil do paciente.

Abordagens complementares

Outras abordagens complementares envolvem:

  • Fonoaudiologia;
  • Terapia ocupacional;
  • Psicoterapia.

Quantos anos vive uma pessoa com esclerose múltipla?

Geralmente, a expectativa de vida não é reduzida pela doença, podendo ser semelhante à da população geral. Com os avanços no tratamento e manejo da doença, a maioria dos pacientes vivem décadas após o diagnóstico e com boa qualidade de vida. 

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