A diverticulite é uma inflamação dos divertículos, pequenas bolsas que se formam na parede do intestino, especialmente no cólon. Neste artigo você saberá mais sobre essa condição.

Quais são as causas da diverticulite?
As principais causas da diverticulite incluem:
- Acúmulo de fezes ou resíduos alimentares nos divertículos, levando à inflamação;
- Baixa ingestão de fibras, o que favorece o surgimento dos divertículos;
- Idade avançada, já que o risco aumenta com o envelhecimento;
- Obesidade e estilo de vida sedentário;
- Tabagismo, que pode estar associado ao agravamento da inflamação;
- Uso frequente de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs).
Fatores de risco da diverticulite
Fatores de risco para a doença diverticular incluem:
- Dieta pobre em fibras e rica em carne;
- Envelhecimento (maior prevalência em idosos).
Fatores de risco específicos para diverticulite incluem:
- Tabagismo;
- Uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs);
- Sedentarismo;
- Obesidade.
Quais são os sintomas da diverticulite?
Os sintomas mais comuns da diverticulite são:
- Dor abdominal intensa, geralmente no lado inferior esquerdo;
- Febre e calafrios;
- Alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia;
- Náuseas e vômitos;
- Inchaço abdominal;
- Sensibilidade ao toque no abdômen;
- Presença de sangue nas fezes (em casos mais graves).

Como é feito o diagnóstico da diverticulite?
O diagnóstico da diverticulite envolve:
- Avaliação clínica detalhada, com histórico de sintomas e exame físico;
- Exames laboratoriais, como hemograma, que pode indicar infecção;
- Tomografia Computadorizada (TC) de abdome e pelve com contraste, exame considerado padrão-ouro para confirmar o diagnóstico.
A TC com contraste permite visualizar os divertículos inflamados, identificar possíveis abscessos, perfurações e avaliar a gravidade do quadro. Esse exame é essencial para definir a conduta médica mais adequada.
Classificação de Hinchey para diverticulite
A classificação de Hinchey é utilizada para definir a gravidade da diverticulite, sendo:
- Estágio I: Abscesso pericólico ou mesentérico;
- Estágio II: Abscesso pélvico;
- Estágio III: Peritonite purulenta generalizada;
- Estágio IV: Peritonite fecal.
Essa classificação auxilia na escolha do tratamento, que varia de acordo com o estágio da doença.

Qual é o tratamento da diverticulite?
Tratamento clínico (casos leves)
- Repouso intestinal, com dieta líquida nos primeiros dias;
- Antibióticos orais, para controle da infecção;
- Analgésicos e anti-inflamatórios, sob orientação médica.
Internação hospitalar (casos moderados a graves)
- Antibióticos intravenosos;
- Jejum com suporte nutricional;
- Drenagem de abscesso, quando necessário.
Cirurgia (casos complicados)
- Indicada em situações como perfuração, abscessos extensos, fístulas ou recidivas frequentes.
- Pode envolver ressecção do segmento doente do intestino.
Prevenção da diverticulite
Para prevenir a diverticulite, recomenda-se:
- Aumentar o consumo de fibras, com frutas, legumes e cereais integrais;
- Hidratação adequada, com, pelo menos, 2 litros de água por dia;
- Evitar o sedentarismo, com prática regular de atividade física;
- Controlar o peso corporal;
Evitar o uso indiscriminado de AINEs, sempre com orientação médica.

Quando é necessária internação hospitalar para diverticulite?
A internação hospitalar deve ser considerada em casos de diverticulite que evoluem com complicações ou apresentam maior risco de agravamento.
Entre os principais fatores que indicam essa necessidade estão: dor abdominal intensa, falha na resposta ao tratamento ambulatorial e intolerância à antibioticoterapia oral.
Também recomenda-se hospitalização em pacientes com idade avançada, diabetes, sinais de sepse ou comorbidades significativas, que elevam o risco de desfechos adversos.
Além disso, condições sociais desfavoráveis, como dificuldade de acesso a cuidados domiciliares ou ausência de suporte familiar, devem ser levadas em conta ao decidir pela internação.
Quais alimentos inflamam a diverticulite?
Pessoas com diverticulite devem evitar ou reduzir o consumo dos seguintes alimentos:
- Carnes processadas, como embutidos e defumados;
- Frituras e alimentos ricos em gordura saturada;
- Alimentos ultraprocessados, como salgadinhos e fast food;
- Milho, sementes e grãos duros, que podem se alojar nos divertículos;
- Alimentos com pouca fibra, como pães e massas refinadas;
- Bebidas alcóolicas e refrigerantes.
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