
O Ministério da Saúde (MS) lançou um programa que vai remunerar equipes hospitalares pela identificação de potenciais doadores de órgãos, com o objetivo de fortalecer o sistema de transplantes no país.
A iniciativa integra a nova Política Nacional de Doação e Transplantes, que prevê investimentos de R$ 20 milhões anuais em ações para reduzir a recusa familiar e ampliar a oferta de procedimentos no SUS. Confira mais detalhes a seguir:
O que é
Chamado PRODOT (Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), o projeto vai remunerar equipes hospitalares envolvidas na identificação de potenciais doadores, na condução dos protocolos de morte encefálica, no diálogo com familiares e na logística de doação.
O incentivo será financeiro e variável, calculado de acordo com o desempenho de cada hospital. Entre os indicadores considerados estão:
Número de potenciais doadores identificados;
Tempo de resposta das equipes;
Qualidade do atendimento às famílias;
Efetivação da doação.
O governo reservou cerca de R$ 7,4 milhões por ano apenas para esse programa, dentro de um pacote maior de R$ 20 milhões anuais destinado à Política Nacional de Doação e Transplantes.
O objetivo é reduzir a taxa de recusa familiar, hoje em torno de 45%, e dar mais agilidade ao sistema de transplantes.
Contexto
O Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo e bateu recorde em 2025, com mais de 14 mil procedimentos no primeiro semestre. Ainda assim, quase metade das famílias se recusa a autorizar a doação, o que mantém filas extensas e impacta diretamente pacientes que aguardam por órgãos.
Campanha de conscientização
O ministério lançou a campanha “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”, para incentivar que as pessoas manifestem o desejo de doar e conversem com a família. A estratégia busca reduzir a recusa, já que a autorização familiar é obrigatória para que a doação seja realizada.
Próximos passos
O programa começa a ser implantado ainda em 2025. A remuneração será feita conforme metas estabelecidas para cada hospital, e os resultados vão ser monitorados pelo Sistema Nacional de Transplantes.
O governo também planeja expandir a capacidade de hospitais em regiões menos atendidas e reforçar a logística de transporte de órgãos em parceria com a Força Aérea Brasileira.
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