Residências de Ginecologia e Obstetrícia pelo Brasil

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Reprodução: Canva.
Reprodução: Canva.

Entre os estudantes de medicina, a Ginecologia e Obstetrícia é considerada uma daquelas áreas “ame ou odeie”. É uma especialidade extremamente rica em possibilidades e oportunidades de montar uma carreira de sucesso. Pensando nisso e querendo trazer para vocês diversas opções, resolvemos destacar aqui uma grande instituição por região do Brasil que possuem renome e destaque dentre os programas de residência médica do país. 

Região Sudeste – USP-SP (Hospital das Clínicas – FMUSP)

O programa de Residência de Ginecologia e Obstetrícia da USP-SP acontece no Hospital das Clínicas da FMUSP, com rodízios em:

  • Diferentes institutos do próprio HC;
  • Hospital Universitário da USP (HU-USP);
  • Hospitais externos parceiros.

A carga horária semanal é de 60 horas, distribuídas entre:

  • Plantões diurnos e noturnos;
  • Ambulatórios;
  • Centro cirúrgico (ênfase em endoscopia ginecológica);
  • Aulas teóricas obrigatórias.

Entretanto, sabemos que toda residência possuem seus pontos fortes e desafios. Veja abaixo:

  • Pontos fortes: os pontos fortes desta residência inclui uma formação abrangente com contato precoce em subespecialidades, excelente acesso a fellowships e pós-graduação e incentivo à produção científica.
  • Desafios: alta exigência e demanda, uma carga horária intensa e necessidade de organização e adaptação à rotina de São Paulo.

Organização dos Anos

A residência em Ginecologia e Obstetrícia da USP-SP é dividida em:

  • 1º ano: Obstetrícia geral, emergência ginecológica e ginecologia ambulatorial;
  • 2º ano: Ginecologia cirúrgica, obstetrícia de alto risco e neonatologia;
  • 3º ano (opcional): Subespecializações (Reprodução Humana Assistida, Oncoginecologia, Medicina Fetal, Endoscopia Ginecológica).

Região Nordeste – IMIP (Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira) – Recife (PE)

O IMIP é referência em ginecologia, obstetrícia e neonatologia de alta complexidade, com ampla oferta prática, especialmente em medicina fetal e obstetrícia de risco.
A residência é realizada principalmente no próprio IMIP, com rodízios em instituições conveniadas.

Sua carga horária é dividida em: 60 a 66 horas, especialmente exigente no 1º ano devido ao grande fluxo de pacientes, discussão de artigos científicos e apresentação de seminários. Além disso, os anos de residência dividem-se da seguinte forma:

  • 1º ano: Obstetrícia clínica, ginecologia ambulatorial, emergências obstétricas;
  • 2º ano: Ginecologia cirúrgica avançada, obstetrícia de alta complexidade, início da prática em medicina fetal.

Deste modo, também podemos citar os pontos fortes e desafios:

  • Pontos fortes: alto número de partos e procedimentos, forte contato com medicina fetal e boa inserção no mercado nordestino.
  • Desafios: plantões exigentes devido ao alto volume e poucos residentes e alta carga de trabalho desde o 1º ano.

Região Sul –  Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) – RS

O HCPA, vinculado à UFRGS, é reconhecido nacionalmente pela excelência acadêmica, sólida estrutura hospitalar e incentivo constante à produção científica. O programa se concentra dentro do complexo hospitalar, com vivências pontuais em unidades de atenção primária.

  • Carga horária: 60 horas semanais, com plantões que variam de 12 a 24 horas, exigindo dedicação intensa do residente.
  • Formação teórica: São 6 horas de aulas obrigatórias por semana, além de apresentações orais e participação em seminários.
  • Vivências práticas:
    • 1º ano: o residente atua em obstetrícia geral, ginecologia básica, emergência obstétrica e pré-natal de baixo e alto risco.
    • 2º ano: o foco se volta para cirurgia ginecológica (com ênfase em endoscopia ginecológica), obstetrícia de alta complexidade, neonatologia e introdução à medicina reprodutiva.
  • Pontos positivos:
    • Estrutura física e tecnológica avançada, proporcionando ambiente de aprendizado moderno.
    • Incentivo à pesquisa e publicação de artigos científicos durante o programa.
    • Forte preparação em técnicas minimamente invasivas.
    • Alta taxa de aprovação em concursos e fellowships.
  • Aspectos a considerar:
    • Volume de partos menor em relação a outros grandes centros nacionais, exigindo rodízios externos em determinadas fases para complementar a experiência obstétrica.

Região Centro-Oeste – Hospital das Clínicas da UFG (Universidade Federal de Goiás) – Goiânia

A residência em Ginecologia e Obstetrícia do HC-UFG é considerada uma das melhores da região, com forte integração entre ensino e serviço. O programa prioriza a formação sólida e abrange desde a atenção básica até os casos mais complexos da rede hospitalar.

  • Carga horária: 60 horas semanais, com plantões obrigatórios em prontos-socorros obstétricos.
  • Formação teórica: Inclusão de 4 horas de aulas semanais, discussões de artigos científicos e participação incentivada em congressos regionais.
  • Vivências práticas:
    • 1º ano: atuação em obstetrícia geral, ginecologia básica e ambulatório.
    • 2º ano: cirurgias ginecológicas mais complexas, obstetrícia de alto risco e neonatologia. O rodízio obrigatório no Hospital Materno-Infantil expande a vivência obstétrica do residente.
  • Pontos positivos:
    • Suporte clínico de qualidade e boa estrutura para atender casos variados.
    • Volume adequado de partos e procedimentos, garantindo sólida formação prática.
    • Ambiente de trabalho colaborativo, com bom relacionamento entre residentes e preceptores.
  • Aspectos a considerar:
    • Menor exposição à medicina fetal de alta complexidade, quando comparado a centros nacionais de referência como USP ou IMIP.

Região Norte –  Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (Belém)

A Santa Casa de Belém é um dos principais centros de referência do Norte, oferecendo grande volume de atendimentos em ginecologia e obstetrícia, com ambiente hospitalar dinâmico e tradição no ensino médico.

  • Carga horária: média de 60 horas semanais, podendo chegar a 72 horas em períodos de emergência, demandando considerável resistência do residente.
  • Formação teórica: de 4 a 5 horas semanais, incluindo seminários, aulas práticas e discussão de protocolos assistenciais.
  • Vivências práticas:
    • 1º ano: participação em partos normais, cesáreas de rotina, ginecologia geral e emergências obstétricas.
    • 2º ano: foco em obstetrícia de alto risco, neonatologia e cirurgias ginecológicas de média e alta complexidade.
  • Pontos positivos:
    • Alto volume de partos e cirurgias, proporcionando grande experiência e segurança prática.
    • Boa inserção no mercado de trabalho, especialmente pela carência de especialistas na região Norte.
  • Aspectos a considerar:
    • Estrutura física pode ser limitada em alguns setores.
    • Menor exposição a subespecialidades como medicina fetal e reprodução assistida, em comparação com grandes centros de outras regiões.

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