Como funciona o atendimento a estrangeiros no SUS

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imagem mostra um documento escrito passport e um avião de papel

O Sistema Único de Saúde (SUS) visa atender todo o território brasileiro, no intuito de promover a saúde e ajudar na garantia da população.

Porém, esse órgão não se limita à assistência exclusiva de brasileiros natos. Veja no texto abaixo como funciona o direcionamento para esses serviços a estrangeiros.

Legislação

Tendo como principal direção a integralidade e a universalidade da saúde, o SUS procura atender de maneira completa residentes, não residentes, brasileiros e não brasileiros. A medida é baseada na Lei nº 8.080/1990 que garante o acompanhamento completo da saúde da pessoa.

Além disso, outra legislação atua em favor ao atendimento a essa população no país, a Lei da Migração (13.445/2017), garantindo o atendimento sem distinção, independentemente do porquê e da situação que o indivíduo se encontra no Brasil.

Nota técnica de conduta

Desde 2024, após uma última  atualização, o Ministério da Saúde, por meio do SUS, elaborou uma nota técnica para o atendimento a migrantes, refugiados e apátridas, especializando formas de serviços a esse grupo. Nela são apresentados os seguintes direcionamentos:

  • Realizar o cadastro no e-SUS APS ou em sistema próprio, fazer o acolhimento e o atendimento independente da documentação que a pessoa possuir;
  • No caso da ausência de comprovante de residência, os dados de endereço do estabelecimento de saúde podem ser utilizados; 
  • Disponibilizar material multilíngue com orientações sobre os horários de funcionamento, os atendimentos e os procedimentos ofertados na unidade, publicizando o calendário vacinal, locais e horários de dispensação de medicamentos, etc; 
  • Realizar a estratificação de risco e vulnerabilidade, identificando possíveis descontinuações de tratamentos de condições crônicas de saúde; 
  • Compreender as especificidades culturais, de crenças e religiosidades, hábitos alimentares e nutricionais, além de aspectos da linguagem e comunicação das pessoas migrantes, refugiadas e apátridas atendidas;
  • Na identificação, atentar para possíveis sinais de violência, situação de tráfico de pessoas, de trabalho análogo à escravidão ou de violação de direito, buscando auxílio dos órgãos competentes. Tendo em vista a vulnerabilidade dos casos, é importante o respeito ao sigilo, à integridade física da pessoa e ao atendimento culturalmente sensível; 
  • Observar se há demandas relacionadas à saúde mental, e se necessário, articular o cuidado compartilhado com a equipe Multiprofissional (eMulti) ou encaminhar ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

Essas normas evidenciam a necessidade e abrangência dos serviços oferecidos pelo sistema, proporcionando uma amplitude nos atendimentos do órgão diante do cenário nacional e internacional.

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Casos recentes da  utilização do SUS por estrangeiros

Sabendo a universalidade garantida pelo sistema, alguns estrangeiros decidem vir ao país para a realização de exames, procedimentos, acompanhamentos e, até mesmo, o tratamento de condições específicas.

Um caso que ganhou destaque recentemente, gerando polêmicas, foi de casais russos que viajaram a Recife e a outras cidades brasileiras para realização de partos  no país.

Dentre os principais motivos para isso, podem ser enfatizados a abrangência das atividades oferecidas, o ganho da cidadania brasileira e a gratuidade nos serviços de saúde.

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