A Cirurgia Oncológica é a especialidade médica responsável pelo tratamento cirúrgico do câncer, atuando na remoção de tumores e tecidos afetados. O cirurgião oncológico integra conhecimentos técnicos avançados e trabalha em equipes multidisciplinares.
Essa carreira exige preparo técnico rigoroso e decisões estratégicas diante de casos complexos. Veja o nosso conteúdo abordando rotina, residência, mercado e os desafios da especialidade.
Como se tornar cirurgião oncológico?
Para se tornar cirurgião oncológico no Brasil, é necessário concluir a graduação em medicina, que dura 6 anos. Após, é obrigatório concluir primeiramente a residência médica em Cirurgia Geral, que dura três anos.
Após esse período, o médico deve ingressar e concluir a residência em Cirurgia Oncológica, com duração média de três anos, reconhecida pelo MEC e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Pré-requisito para a especialidade
O pré-requisito indispensável, conforme as diretrizes da CNRM, é a conclusão da residência médica em Cirurgia Geral. Somente após esse treinamento básico o médico pode se candidatar à residência na área de Cirurgia Oncológica, seguindo a formação exigida para atuação especializada.
Quanto tempo dura a formação completa?
A duração completa do caminho para tornar-se um cirurgião oncológico é de 6 anos, pois o médico deverá completar em 3 anos a residência médica em Cirurgia Geral e depois mais 3 anos na residência em Cirurgia Oncológica.
Entretanto, se somarmos na equação a duração da graduação de medicina, teremos como resultado 12 anos de trajetória.
Onde fazer residência em cirurgia oncológica?
Os programas de residência médica de Cirurgia Oncológica podem ser encontrados em hospitais especializados em câncer, como o AC Camargo Cancer Center e o Instituto de Câncer de São Paulo (ICESP).
Mercado de trabalho e remuneração do cirurgião oncológico
O mercado de trabalho para o cirurgião oncológico no Brasil está em crescimento devido ao aumento dos casos de câncer. A demanda é maior em grandes centros, mas regiões Norte e Nordeste oferecem boas oportunidades pela carência de especialistas.
A empregabilidade é alta nos setores público e privado. Hospitais privados costumam oferecer melhores salários e infraestrutura, enquanto o setor público pode garantir estabilidade e benefícios.
A média salarial varia conforme região e experiência. No setor público, o salário inicial é de R$12 mil a R$18 mil, podendo ultrapassar R$25 mil. No privado, a remuneração pode passar de R$30 mil em grandes hospitais.
Rotina na residência de cirurgia oncológica
A rotina do residente em Cirurgia Oncológica é intensa e desafiadora, com uma carga horária média de 60 a 70 horas semanais.
As atividades são predominantemente práticas, divididas entre centro cirúrgico, ambulatório e enfermaria, exigindo adaptação constante diante de diferentes cenários clínicos. A participação em cirurgias de média e alta complexidade é frequente, proporcionando rápido desenvolvimento técnico.
O conteúdo teórico é igualmente valorizado, com aulas, seminários e discussões de casos promovendo atualização contínua e pensamento crítico. Os residentes participam ativamente desses momentos, trazendo dúvidas da prática e integrando o conhecimento científico à tomada de decisões. Além das atividades pré-estabelecidas, é comum o envolvimento em reuniões multidisciplinares.
A vivência diária com pacientes oncológicos coloca o residente diante de situações emocionalmente complexas, desde diagnósticos difíceis até decisões sobre cuidados paliativos. Lidar com o impacto do câncer na vida dos pacientes e suas famílias exige resiliência e empatia, tornando o suporte entre colegas e supervisores ainda mais fundamental.
O trabalho integrado com equipes multidisciplinares, incluindo oncologia clínica, radioterapia, patologia e cuidados paliativos,faz parte da rotina. Esse contato proporciona uma visão ampla do tratamento oncológico e aumenta a qualidade do cuidado prestado.
Cirurgia oncológica é para você?
A cirurgia oncológica é ideal para quem tem forte interesse em oncologia, busca constante aprimoramento técnico-cirúrgico e deseja atuar com precisão em procedimentos complexos. Esse perfil também requer sensibilidade, empatia e capacidade de prestar cuidados humanizados em momentos de grande vulnerabilidade para o paciente e suas famílias.
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