Dos primeiros anos até o fim da vida, as Imunizações são a maneira mais segura e eficaz de proteger o organismo humano de inúmeras infecções.
Dia Nacional da Imunização
No cenário dinâmico da saúde pública, manter-se atualizado sobre as diretrizes de imunização é mais do que uma necessidade: é um pilar fundamental da prática médica. Como hoje estamos no Dia Nacional de Imunização, é importante lembrar das atualizações do Calendário Nacional de Vacinação. Para 2025, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, traz importantes detalhamentos que impactarão diretamente a rotina de atendimento em todas as esferas.
As Novidades e Reforços para 2025
O calendário de vacinação é uma ferramenta viva, que se adapta às necessidades epidemiológicas e aos avanços científicos. Para 2025, algumas vacinas merecem atenção especial.
Vacina BCG: Além da Tuberculose
A BCG continua sendo crucial na prevenção das formas graves de tuberculose. A dose única, preferencialmente na maternidade, permanece. Um ponto importante a se destacar é a não recomendação de revacinação para crianças que não apresentam cicatriz vacinal, exceto em situações excepcionais de dose inválida, com monitoramento de 3 meses.
Além disso, a vacina é indicada para contatos domiciliares de pacientes com hanseníase, mesmo a partir dos 5 anos de idade, desde que não apresentem sinais da doença.
Vacina Hepatite B (HB) e Penta
A vacina HB é universal a partir do nascimento, com a primeira dose idealmente nas primeiras 12 horas de vida. A vacina pentavalente (DTP-HB-Hib) segue o esquema básico de 3 doses (2, 4 e 6 meses), com reforços posteriores com a DTP. Fiquem atentos aos intervalos mínimos e à importância de não reiniciar o esquema em caso de atraso, mas sim completá-lo.
Vacina Rotavírus Humano (VRH)
A VRH, que previne gastroenterites graves, possui um esquema de 2 doses (2 e 4 meses). Contudo, a janela de vacinação é bastante restrita: a primeira dose deve ser administrada entre 1 mês e 15 dias e 11 meses e 29 dias de idade, e a segunda dose entre 3 meses e 15 dias e 23 meses e 29 dias. Perder essa janela significa perder a oportunidade de vacinação, um ponto crítico para a orientação dos pais.
Vacina Influenza
A vacina da gripe é anual e fundamental. Além das crianças (6 meses a menores de 6 anos), gestantes e idosos (>60 anos), a estratégia de 2025 mantém a recomendação para diversos grupos vulneráveis, incluindo puérperas, povos indígenas, quilombolas, profissionais de saúde, professores, forças de segurança, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, e pessoas com doenças crônicas. Para crianças que recebem a vacina pela primeira vez, são recomendadas 2 doses com intervalo de 30 dias.
Vacina COVID-19
A vacinação contra a COVID-19 continua no calendário, com esquemas específicos para crianças (6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e pessoas a partir de 60 anos. Doses periódicas anuais são recomendadas para idosos e imunocomprometidos, e a cada gestação para gestantes. A diversidade de produtos (Pfizer, Moderna, Serum/Zalika) e seus respectivos volumes e faixas etárias exige atenção.
Vacina Febre Amarela (VFA)
A VFA tem esquema de 1 dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos. É crucial a avaliação de risco-benefício para a vacinação de crianças entre 6 e 8 meses de idade e indivíduos com 60 anos ou mais, especialmente em áreas de circulação viral. A simultaneidade com outras vacinas de vírus vivos atenuados (SRC, SRCV, Varicela) também é detalhada, com a VFA podendo ser administrada simultaneamente com a maioria das vacinas.
Vacina HPV4
A vacina HPV4, que previne contra diversos tipos de câncer e verrugas genitais, tem esquema de dose única para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, 11 meses e 29 dias. No entanto, para grupos prioritários como imunodeprimidos, pessoas com Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR), usuários de PrEP para HIV/AIDS e vítimas de abuso sexual, o esquema é de 3 doses, com faixas etárias estendidas. Essa é uma área de grande impacto na saúde sexual e reprodutiva.
Vacina dTpa
A dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) é vital para gestantes (a partir da 20ª semana), puérperas e profissionais de saúde que atuam em maternidades e unidades neonatais. Sua importância reside na prevenção da coqueluche em recém-nascidos, que são particularmente vulneráveis.
Manter-se atualizado é um compromisso com a excelência e com a vida. Que o Calendário Nacional de Vacinação 2025 seja mais uma ferramenta em suas mãos para transformar a saúde de nossos pacientes!
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