O ministro da saúde anunciou na quarta-feira, a incorporação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A integração ocorrerá ainda em 2025, na segunda quinzena de novembro. Confira detalhes!
Novas produções nacionais
Conforme anúncio de Alexandre Padilha, ministro da saúde, o Brasil passará a produzir o imunizante que será integrado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Até o final deste ano, serão entregues 1,8 milhões de doses adquiridas por meio de acordo entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer. Desse modo, a vacina na rede pública garantirá a proteção de gestantes e bebês, com potencial de prevenir cerca de 28 mil internações por ano.
Além disso, o Brasil também produzirá, por meio de Parceria De Desenvolvimento Produtivo (PDP), um medicamento biológico usado no tratamento da esclerose múltipla, o natalizunamabe.
Gestantes imunizadas contra o VSR em 2025
A partir de novembro, o Ministério da Saúde enviará as primeiras 800 mil doses da vacina contra o VSR. Sendo assim, até dezembro de 2025, mais de 1 milhão de doses serão entregues ao SUS.
Desta forma, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), deve ser aplicada uma dose da vacina a partir da 28ª semana de gestação.
De acordo com seu site oficial, o Ministério da Saúde incorporará duas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês. Entenda!
Linha do tempo sobre imunização contra VSR
Em fevereiro, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação das novas tecnologias. A providência ocorreu para reduzir a mortalidade infantil associada ao vírus, por meio da imunização ativa de gestantes e bebês prematuros.
As tecnologias recomendadas são o anticorpo monoclonal nirsevimabe, indicado para proteger bebês prematuros e crianças até 2 anos nascidas com comorbidades, e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B.
PORTARIA SECTICS/MS Nº 14
Uma portaria publicada no dia 24 de fevereiro de 2025, tornou pública a decisão de incorporar, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, a vacina VSR A e B (recombinante) em gestantes para prevenção da doença do trato respiratório inferior causado pelo VSR em recém-nascidos, conforme estratégia do Programa Nacional de Imunizações.
Vírus Sincicial Respiratório
O VSR é o principal responsável por infecções respiratórias em recém-nascidos e criança pequenas. Esse vírus causa sintomas semelhantes a um resfriado, podendo desenvolver uma forma mais grave.
O período de maior incidência ocorre nos meses de outono, primavera e inverno, podendo gerar epidemias.
Transmissão
O VSR é transmitido por contato direto com gotículas respiratórias ou por contato com superfícies contaminadas.
Sintomas
Os infectados pelo VSR apresentam sintomas dentro de quatro e seis dias depois da contaminação. Os sintomas do VSR incluem:
- Tosse;
- Congestão nasal;
- Otite média;
- Faringite;
- Febre;
- Diminuição do apetite.
Tratamento
Até o momento não há um tratamento específico para o Vírus Sincicial Respiratório, porém se a criança apresentar um quadro grave, é necessário que ela seja hospitalizada para fazer a oxigenioterapia e outras medidas para melhorar os sintomas.
Normalmente, as crianças apresentam uma melhora em até 7 dias. Entretanto, é possível que aconteçam alterações respiratórias crônicas, aumentando a possibilidade de desenvolver asma no futuro.
Grupos mais suscetíveis ao VSR
Qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus, mas alguns grupos possuem maior chance de desenvolver uma forma mais grave da doença, sendo eles:
- Bebês com menos de 6 meses de idade;
- Prematuros;
- Adultos com mais de 65 anos;
- Pessoas com problemas cardíacos ou doença pulmonar crônica;
- Pessoas com problemas no sistema imunológico.
Existem também outros fatores que podem deixar os indivíduos mais suscetíveis a desenvolver uma forma mais grave da infecção:
- Ser gêmeo;
- Ser do sexo masculino;
- Exposição a ambientes aglomerados e com pouca ventilação
- Exposição à fumaça.
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