Nova diretriz redefine valores de pressão arterial e amplia conceito de pré-hipertensão

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A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, publicada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em parceria com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), traz mudanças que impactam diretamente a prática clínica e o acompanhamento dos pacientes no Brasil.

Novo olhar sobre aferição de pressão

Um dos pontos de maior repercussão é a reclassificação dos níveis de pressão arterial. Pela nova diretriz, passam a ser considerados como pré-hipertensos os indivíduos com pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mmHg ou diastólica entre 80 e 89 mmHg, quando aferidos em consultório.

Antes classificados como normais ou “limítrofes”, esses valores agora merecem atenção especial por estarem associados a maior risco de evolução para hipertensão. A mudança não significa indicar tratamento medicamentoso imediato, mas reforça a necessidade de estratégias preventivas e acompanhamento contínuo.

Confira como ficou a classificação da pressão arterial segundo a nova diretriz:

Classificação da PAPAS (mmHg)+PAD (mmHg)
PA normal< 120e< 80
Pré-hipertensão120-139e/ou80-89
HA Estágio 1140-159e/ou90-99
HA Estágio 2160-179e/ou100-109
HA Estágio 3≥ 180e/ou≥ 110

Ênfase em medidas não farmacológicas

A diretriz destaca que a primeira linha de manejo para essa faixa de pacientes deve ser o estilo de vida saudável. Isso inclui:

  • Manutenção do peso corporal adequado;
  • Prática regular de atividade física;
  • Redução do consumo de sódio e álcool;
  • Alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e grãos integrais;
  • Controle do estresse e qualidade do sono.

Essas medidas, quando aplicadas precocemente, podem evitar a progressão para hipertensão e reduzir complicações cardiovasculares a longo prazo.

Avanços no diagnóstico e monitoramento

Além da nova classificação, a diretriz reforça o papel de ferramentas modernas de avaliação, como a automedida da pressão arterial (AMPA) e a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Essas práticas permitem identificar fenômenos como a hipertensão do avental branco e a hipertensão mascarada, que frequentemente passam despercebidas em consultas isoladas.

Integração com o SUS

Outro destaque da versão 2025 é o capítulo dedicado ao manejo da hipertensão no Sistema Único de Saúde (SUS), uma novidade frente às edições anteriores. Como aproximadamente 75% dos pacientes hipertensos são acompanhados na rede pública, a diretriz busca orientar médicos da atenção primária em estratégias práticas de rastreamento, adesão ao tratamento e acesso a terapias de baixo custo.

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