
A osteoporose consiste na doença osteometabólica sistêmica crônica mais comum do mundo. Sua prevalência vem aumentando devido ao envelhecimento populacional, sendo mais frequente em mulheres após a menopausa, principalmente quando precoce. Ela é caracterizada por alterações tanto na densidade, quanto na qualidade óssea e traz como principal consequência as fraturas por fragilidade óssea.
Quais são os fatores de risco da Osteoporose?
Devemos dar destaque para:
- Idade:
- Especialmente indivíduos > 55 anos;
- Sexo feminino:
- Em mulheres na pós menopausa, há redução da produção de estrogênio e da produção óssea;
- Disabsorção:
- Doença celíaca ou Chron;
- Cirurgias com grandes intervenções gastrointestinais;
- Álcool e cigarro;
- História familiar;
- Baixo peso e menopausa precoce;
- Diabetes e artrite reumatoide
Quadro clínico da Osteoporose
Na maioria das vezes, a osteoporose é assintomática, sendo notada, normalmente, apenas após uma fratura, que pode se manifestar através de:
- Dor
- Paciente que realizou movimentação leve ou até mesmo uma queda da própria altura com dor de padrão mecânica. Imagem pode indicar fraturas, como por exemplo achatamento de vértebra ou fratura de fêmur;
- Deformidades:
- Alguns exemplos são rotação externa e encurtamento do membro em casos de fratura de fêmur.
- Incapacidade física;
- Acentuação da cifose torácica em pacientes com fraturas assintomáticas da coluna;
- Perda de altura:
- Pode acontecer pelo achatamento das vértebras ao longo da vida, principalmente torácicas e lombares;
Como diagnosticar a Osteoporose?
A osteoporose deve ser investigada em mulheres no período pós-menopausa e em homens com mais de 70 anos ou com 50 anos, mas que tenha algum fator de risco associado. O principal exame é a densitometria óssea, que mede a densidade mineral óssea (DMO), geralmente no colo do fêmur e na coluna lombar. Este está indicado para:
- Mulheres > 65 anos;
- Mulheres no período pós-menopausa;
- Homens > 70 anos;
- Homens > 50 anos com fatores de risco
- Adultos com antecedentes de fratura por fragilidade, doenças predisponentes, como doença celíaca e diabetes, ou em uso de medicações, como o corticoide.
- Indivíduos em tratamento.
De acordo com a OMS, a DMO pode ser classificada da seguinte forma:
Diagnóstico | T-SCORE |
Normal | Maior que – 1 |
Osteopenia | Entre – 1 e – 2,5 |
Osteoporose | Menor ou igual a – 2,5 |
Osteoporose grave | Menor ou igual a – 2,5 associado à fratura por fragilidade |
Sendo assim, o diagnóstico de osteoporose se dá quando o T-score é menor ou igual a – 2,5 em coluna ou quadril.
Em paralelo, exames de imagem, como radiografia de coluna, e exames laboratoriais devem ser solicitados a fim de descartar causas secundárias, como função renal, hepática e tireoidiana, eletrólitos, vitaminas, hemograma e outros, a depender de cada paciente.
Além disso, há uma ferramenta através da qual é estimado o risco de fraturas maiores e de quadril em 10 anos, a Fracture Risk Assessment Tool (FRAX). Ela leva em consideração diversas variáveis e tem o intuito de auxiliar na decisão de iniciar o tratamento farmacológico.
Como tratar a Osteoporose?
Não farmacológico
- Cálcio na dieta (1200 mg);
- Ingestão adequada de vitamina D (800 UI);
- Exercícios físicos;
- Prevenção de quedas.
Farmacológico
- Medicamentos antirreabsortivos:
- SERMs (agonistas estrogênicos) – tamoxifeno e raloxifeno;
- Bisfosfonatos – alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico;
- Inibidor do RANK-L – denosumabe.
- Medicamentos anabólicos:
- Análogo do PTH – teriparatida;
- Anti-esclerotina – romosozumabe.
Estão indicados nos casos de osteoporose grave (T-score < -3,0) ou falha terapêutica.
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