
Sistema padronizado por ressonância magnética busca aumentar a precisão no estadiamento e reduzir procedimentos invasivos.
O câncer de bexiga é um dos tumores mais comuns do trato urinário, especialmente em homens acima dos 60 anos. Seu diagnóstico precoce é essencial para definir um tratamento eficaz e aumentar as chances de cura. Nesse contexto, o VI-RADS (Vesical Imaging Reporting and Data System) surge como uma inovação promissora.
Segundo estudo publicado pelo American College of Radiology, o VI-RADS pode transformar a forma como o câncer de bexiga é avaliado, trazendo padronização para a ressonância magnética e maior precisão na avaliação da doença.
O que é
O VI-RADS é um protocolo padronizado criado para uniformizar a interpretação das imagens de ressonância magnética da bexiga.
Inspirado em sistemas como o BI-RADS (para mama) e o PI-RADS (para próstata), ele tem como objetivo principal avaliar a presença e o grau de invasão da camada muscular da bexiga.
O sistema classifica as lesões em uma escala de 0 a 5, considerando critérios como intensidade de sinal, difusão e padrão de realce após contraste.
Essa padronização ajuda a reduzir a variabilidade entre diferentes profissionais e centros de imagem.
Como funciona
Na rotina médica, o VI-RADS orienta o radiologista na análise das imagens, possibilitando um diagnóstico mais objetivo. Para o urologista, essa padronização significa maior clareza na comunicação, permitindo decisões terapêuticas mais seguras.
Além disso, a adoção do VI-RADS pode reduzir a necessidade de procedimentos invasivos, como biópsias desnecessárias, diminuindo riscos e custos para o paciente.
Benefícios
Entre os principais benefícios apontados pelo estudo do American College of Radiology estão:
Mais precisão no diagnóstico, evitando erros e atrasos;
Padronização na comunicação entre radiologistas e urologistas;
Redução de procedimentos invasivos, garantindo mais conforto e segurança ao paciente.
Desafios
Apesar dos avanços, a adoção do VI-RADS ainda enfrenta obstáculos. Entre eles estão:
A necessidade de preparo específico da bexiga antes da ressonância;
Treinamento especializado para radiologistas;
Resistência cultural de alguns profissionais em mudar protocolos já estabelecidos.
No cenário da radiologia oncológica, o VI-RADS aponta para uma tendência: a criação de protocolos padronizados que integrem tecnologia e prática clínica, oferecendo diagnósticos mais rápidos, seguros e precisos.
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