Alerta de Sarampo: aumento de casos exige vigilância e vacinação imediata

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Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo emite documento vigilante em relação aos casos Sarampo

O sarampo voltou a preocupar autoridades sanitárias em todo o mundo. O aumento expressivo de casos na América Latina, especialmente em países vizinhos como Bolívia e Paraguai, somado a registros confirmados no Brasil, acendeu um sinal de alerta. Profissionais de saúde e gestores devem intensificar as ações de vigilância, garantir resposta rápida a novos casos e, sobretudo, reforçar a vacinação da população.

Situação epidemiológica global e regional

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), até setembro de 2025 foram notificados mais de 360 mil casos suspeitos de sarampo em 173 países, sendo 164 mil confirmados. Nas Américas, o cenário continua preocupante: registraram 11.313 casos confirmados e 23 óbitos em 2025.

No Brasil, entre as semanas epidemiológicas 1 e 37, notificaram 29 casos confirmados, distribuídos entre o Distrito Federal, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Tocantins. Este último concentra 23 registros. Do total, seis foram importados e outros 19 relacionados à importação.

Outro dado que chama atenção é que 71% dos casos confirmados envolvem pessoas não vacinadas.

Riscos e critérios clínicos

O sarampo é uma das doenças virais mais contagiosas e pode levar a complicações graves, como pneumonia e encefalite. A doença se transmite por via respiratória e apresenta sintomas como febre, manchas avermelhadas na pele (exantema), tosse, coriza e conjuntivite.

Assim, os profissionais de saúde devem considerar como suspeito todo paciente que apresente febre, exantema e pelo menos um dos sintomas respiratórios, especialmente em casos com histórico recente de viagem.

Vacinação como principal barreira

A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola – SCR) é a forma mais eficaz de prevenção e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Crianças, adolescentes, profissionais de saúde, migrantes e populações com baixa cobertura vacinal devem ser priorizados.

Ações de bloqueio vacinal precisam ser implementadas em até 72 horas após a identificação de um caso suspeito, a fim de evitar a propagação do vírus.

Resposta rápida e papel dos profissionais de saúde

Diante do atual cenário, a resposta do sistema de saúde precisa ser imediata. Isso inclui notificação ágil de casos suspeitos, coleta adequada de amostras para diagnóstico, isolamento dos pacientes sintomáticos e monitoramento de contatos.

Para residentes médicos e demais profissionais da linha de frente, o momento é de reforçar a própria situação vacinal e atuar ativamente na mobilização da comunidade, esclarecendo dúvidas e incentivando a imunização.

Ações coletivas de prevenção

Além das unidades de saúde, é necessário intensificar campanhas educativas e ações extramuros, como postos de vacinação em rodoviárias, escolas, feiras e locais de grande circulação. O combate à hesitação vacinal deve ser prioridade, com informações claras e acessíveis para diferentes públicos.

Desse modo, os viajantes que apresentarem febre e exantema até 21 dias após retorno de áreas com circulação do vírus devem procurar atendimento médico imediato e informar seu histórico de deslocamento.

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