Outubro Rosa: A importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama

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O Outubro Rosa é uma campanha internacional de conscientização sobre o câncer de mama e colo de útero, realizada todo mês de outubro. Seu objetivo é alertar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do autocuidado.

A iniciativa promove informações sobre exames, fatores de risco e cuidados com a saúde da mulher.

O que é o Outubro Rosa?

A campanha do outubro rosa é um movimento especial para lembrarmos que prevenir é sempre o melhor caminho quando se trata de saúde. Mas por que é necessário termos um mês inteiro dedicado a essa causa? 

Infelizmente, o câncer de mama é o mais comum e é ainda a maior causa de óbitos entre as mulheres. Entretanto, apesar de hoje em dia termos avançado bastante nos meios de tratamento e seguimento, a detecção precoce é o principal fator capaz de mudar um desfecho favorável.

 Desse modo, tenha atenção para alguns cuidados:

  • Mamografia: a partir dos 40 anos, a mamografia deve ser realizada anualmente. Em casos de histórico familiar de câncer de mama, o acompanhamento pode começar mais cedo, seguindo a orientação médica.
  • Alimentação saudável: uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e alimentos com propriedades antioxidantes pode contribuir para a prevenção do câncer de mama.
  • Atividade física: a prática regular de exercícios físicos ajuda a manter um peso saudável e reduz risco de câncer de mama.

Sendo assim, não deixe para depois: cuide de si mesma e da sua saúde não apenas durante o Outubro Rosa. Vamos, juntas, fazer parte dessa ideia!

Câncer de Mama

O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no Brasil e no mundo, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Embora seja mais comum em mulheres acima dos 40 anos, pode acometer pessoas mais jovens e, raramente, homens. Entre os principais fatores de risco estão o histórico familiar, mutações genéticas (como BRCA1 e BRCA2), obesidade, consumo de álcool e sedentarismo.

A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta altas taxas de cura, podendo ultrapassar 90%.

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Fatores de risco pessoais e genéticos

  • Antecedente pessoal de câncer de mama — 50% de risco de desenvolver um novo câncer microscópico e 20 a 25% de risco de desenvolver um câncer clinicamente aparente na mama contralateral.
  • Histórico familiar — se em parente de 1º grau, aumenta a chance de desenvolver câncer em até 2,5 vezes. Se em parente de 2º ou 3º grau, aumentam as chances em até 2 vezes.
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  • Mutação nos genes BRCA1 e BRCA2.
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Prevenção e detecção precoce

Hábitos saudáveis e fatores de proteção

Adotar um estilo de vida saudável é fundamental na prevenção do câncer de mama. Praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são atitudes que reduzem o risco. Além disso, o aleitamento materno também tem efeito protetor comprovado.

Autoexame das mamas: o que realmente se recomenda hoje

Embora o autoexame não substitua os exames de rastreamento, ele continua sendo uma ferramenta importante para o autoconhecimento corporal. A recomendação atual é que as mulheres observem e palpem suas mamas regularmente, buscando alterações como nódulos, retrações ou secreções.

Exames de rastreamento

A mamografia é o principal exame de rastreamento do câncer de mama. Anteriormente, recomendava-se sua realização a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos. Agora, será indicado iniciar aos 40 anos, conforme o risco individual. Em casos específicos, a ultrassonografia e a ressonância magnética podem ser utilizadas como exames complementares.

Ainda, há discussões em andamento sobre o rastreamento de câncer de mama que devem ser acompanhadas para melhor entendimento.

Teste genético para câncer de mama

Quando realizar o teste genético?

O teste genético deve ser indicado principalmente para pessoas com histórico familiar significativo de câncer de mama ou ovário, especialmente em idade precoce (antes dos 50 anos). Também é recomendado quando há casos múltiplos na família, presença de mutação conhecida (como BRCA1 ou BRCA2), ou ocorrência de câncer de mama masculino. Nesses contextos, o exame auxilia na identificação de mutações hereditárias que aumentam o risco da doença.

Quem deve ser avaliado para indicação do teste?

A avaliação deve ser feita por um médico geneticista ou oncologista. Pacientes com os seguintes perfis devem ser considerados:

  • Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama ou ovário;
  • Câncer de mama bilateral ou em homens;
  • Diagnóstico de câncer de mama antes dos 40 anos;
  • Histórico de outros tumores associados a síndromes hereditárias, como câncer de pâncreas ou próstata.

Como é feito o teste genético

O exame é realizado por meio da coleta de sangue ou saliva, utilizada para a análise do DNA. Os laboratórios investigam mutações em genes de predisposição ao câncer, como BRCA1, BRCA2, PALB2, TP53, entre outros. O resultado é interpretado por um profissional especializado, que determina se há mutação patogênica, variante de significado incerto ou resultado negativo.

Como proceder diante de uma mutação genética

Pacientes com mutação confirmada devem ser esclarecidos sobre a possibilidade de realizar mastectomia bilateral profilática, com o intuito de diminuir o risco de desenvolvimento de câncer.

Dessa forma, o risco residual pós-cirúrgico costuma ser < 10%. Caso o paciente não deseje realizar a profilaxia, o acompanhamento deve ser anual através de mamografia, a partir dos 25 anos. Além disso, recomenda-se o exame clínico das mamas duas vezes por ano.

Outra cirurgia que deve ser oferecida as pacientes com mutações genéticas em BRCA1 e/ou BRCA2 confirmadas, é a salpingo-ooforectomia bilateral, que consiste na retirada de trompas e ovários. Essa cirurgia diminui o risco de câncer de ovário em 90% e de mama em 50% se realizada na pré-menopausa. Caso a paciente não deseje realizar essa profilaxia, é recomendado o rastreamento de câncer de ovário, realização de ultrassonografia transvaginal e dosagem de CA125 duas vezes por ano. Entretanto, essa alternativa não tem eficácia comprovada.

Leia mais: Congelamento do Câncer de Mama: técnica Brasileira alcança 100% de eficácia

Outubrinho Rosa

O Outubrinho Rosa é uma medida, sancionada pela Lei nº 15.009/2024, que visa ampliar o foco em saúde preventiva de meninas de até 15 anos através de ações direcionadas ocorridas em todo o mês de campanha.

A campanha promove debates com profissionais de saúde, discussão e orientação dos especialistas, ambos com o objetivo de promover o diagnóstico precoce e o tratamento adequado de condições que podem impactar a vida adulta.

Além disso, o Outubrinho Rosa também conta com mateirias informativos  sobre a importância de hábitos saudáveis, diagnóstico precoce de condições de saúde e a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) e campanhas de conscientização, bem como o Outubro Rosa.

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