O que é R1 na medicina? Entenda como funciona na residência médica

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Imagem: Canva.
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R1 é a sigla utilizada para designar o médico residente do primeiro ano de residência médica. Na prática, R1 é o profissional que inicia sua especialização logo após ser aprovado no processo seletivo de residência, atuando sob supervisão e adquirindo experiências práticas e teóricas em sua área escolhida.

Como funciona o R1 na prática?

O R1 é a etapa inicial da formação do médico residente em uma especialidade. 

Na prática, o R1 é responsável por executar atividades básicas e essenciais, sempre sob supervisão, como a realização de anamnese detalhada, exame físico, solicitação e interpretação de exames complementares, além da discussão de casos com a equipe multiprofissional

Esse é o período em que o residente começa a aplicar de forma intensiva os conhecimentos adquiridos na graduação, desenvolvendo raciocínio clínico e habilidades práticas fundamentais.

O cotidiano do R1 é marcado por uma rotina intensa, com longas horas de plantão, visitas diárias aos pacientes e reuniões clínicas. 

O residente também auxilia nos procedimentos, administra medicações, realiza determinados procedimentos invasivos de menor complexidade e acompanha cirurgias. Tudo isso contribui para o desenvolvimento do senso de urgência, responsabilidade e trabalho em equipe.

A prática do R1 é, sobretudo, um momento de muito aprendizado. O residente tem contato direto com diferentes casos clínicos e cirúrgicos, aprende a lidar com situações de emergência, a reconhecer sinais de gravidade, a priorizar atendimentos e a tomar decisões rápidas. 

Qual a diferença entre R1, R2 e R3?

Na residência médica, os termos R1, R2 e R3 referem-se aos anos de formação do residente em determinada especialidade. Veja:

  • R1: Residente de 1º ano;
  • R2: Residente de 2º ano;
  • R3: Residente de 3º ano;
  • R+: segunda (ou mais) residência de um médico. Pode ser de pré-requisito ou área de atuação.

Porém, é válido lembrar que algumas especialidades não possuem o R3, como é o caso da residência em Alergia e Imunologia que tem 2 anos de duração. 

De modo geral, o R1 é o ano mais supervisionado da residência, com menor autonomia e foco em aprender as rotinas e fundamentos básicos. No R2, o residente já tem mais autonomia, lida com casos mais complexos e começa a supervisionar os R1. O R3 atua com ainda mais independência, assume casos de alta complexidade e participa de ensino e gestão

Especialidades do R1

A residência médica oferece várias especialidades para médicos recém-formados, mas antes de conhecê-las é fundamental entender que a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), criada pelo MEC, é o órgão responsável pela gestão do programa no Brasil. 

Existe uma vasta lista com as especialidades que o profissional pode se direcionar ao se formar em medicina, com diferentes tempos de duração de acordo com a área escolhida. Confira a lista das especialidades credenciadas pelo CNRM e que estão disponíveis para estudo e especialização.

Especialidades de 2 anos de duração

  • Pediatria;
  • Clínica Médica;
  • Cirurgia Geral;
  • Homeopatia;
  • Medicina do Trabalho;
  • Acupuntura;
  •  Medicina da Família e Comunidade;
  • Medicina preventiva e Social;
  • Medicina Legal;
  • Medicina do Tráfego.

Especialidades de 3 anos de duração

  • Medicina de Emergência;
  • Radioterapia;
  • Dermatologia;
  • Genética Médica;
  • Ginecologia e Obstetrícia;
  • Psiquiatria;
  • Patologia;
  • Medicina Física e Reabilitação;
  • Neurologia;
  • Oftalmologia;
  • Ortopedia e Traumatologia;
  • Otorrinolaringologia;
  • Medicina Esportiva; 
  • Patologia Clínica/Medicina Laboratorial;
  • Infectologia;
  • Radiologia e Diagnóstico por Imagem;
  • Anestesiologia.

Especialidades de 5 anos de duração

Dependendo da especialidade de pré-requisito, as especialidades com 5 anos de duração podem ser:

  • Cirurgia da Mão;
  • Cirurgia Cardiovascular;
  • Cirurgia de Cabeça e Pescoço;
  • Neurocirurgia.

Como é a rotina de um residente R1?

A rotina do residente R1 é intensa, começando cedo com passagem de plantão e visita aos pacientes. Durante o dia, realiza evoluções, solicita e acompanha exames, faz procedimentos simples e participa de aulas teóricas.

O R1 alterna entre assistência direta aos pacientes, participação em discussões clínicas e plantões, que muitas vezes incluem noites e fins de semana. É uma fase de muito aprendizado prático, supervisão constante e grande carga horária.

Como se preparar para o R1?

Para se preparar para o R1, é essencial seguir um cronograma organizado, focado nos temas mais cobrados e revisão constante. Com o MedCof, você pode utilizar os materiais direcionados, simulados e banco de questões comentadas para acelerar o aprendizado e identificar pontos frágeis.

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