
A Cefaleia é um termo médico utilizado para o que conhecemos como “dor de cabeça”, que normalmente pode ser acompanhada de sinais adicionais, como náuseas e sensibilidade à luz e aos cheiros. Essa é uma condição extremamente comum nos consultórios, capaz de atingir pacientes nas mais diferentes faixas etárias.
Causas da Cefaleia
As razões que causam a Cefaleia são diversas, porém as causas mais comuns incluem:
- Estresse;
- Falta de sono;
- Desidratação;
- Má alimentação;
- Consumo excessivo de cafeína.
Entretanto, condições médicas como sinusite e enxaqueca também podem ocasionar em Cefaleia.
Classificação da Cefaleia
Em 2018, a Sociedade Internacional de Cefaleia dividiu a classificação da Cefaleia em primária e secundária.
Cefaleias primárias
As Cefaleias primárias são caracterizadas por dores de cabeça que não se originam de outra condição médica e se dividem da seguinte forma:
- Enxaqueca (migrânea): caracterizada como dores pulsantes, intensas ou moderadas. A causa dessa condição ainda é incerta, mas fatores como cheiros fortes, sons, ambientes com alta luminosidade e ingestão de cafeína em excesso podem ser provocativos.
- Cefaleia tensional: conhecida como “cefaleia de tensão”, geralmente se apresenta no final de um dia tenso ou de muito estresse. Ocorre pela tensão que provocamos na nuca, testa ou musculatura ao redor do crânio quando estamos nervosos, resultando em dor de cabeça intensa.
Cefaleia em salvas: caracteriza-se como uma dor apresentada em apenas um lado da cabeça em conjunto de ondas pulsantes. Também é possível notar dor ao redor dos olhos e é uma condição que surge e desaparece de repente.
Cefaleias secundárias
Diferentemente da primária, a Cefaleia secundária é causada como consequência de outra doença ou condição médica. Veja alguns exemplos:
- Doenças cerebrais como meningites, AVC, encefalite, tumores cerebrais, aneurismas;
- Infecções como sinusite e infecções de ouvido;
- Outras condições como hipertensão, desidratação, ressaca alcoólica, glaucoma, neuralgia do trigêmeo, síndrome do pânico, toxoplasmose.
Outra diferença importante é que se a dor for acompanhada de febre, rigidez na nuca ou algum déficit neurológico, é provável que a condição seja classificada como secundária.

Sinais de alerta
Desse modo, existem alguns sinais para ficar em alerta:
- Dor de cabeça súbita ou progressiva, especialmente se for a primeira vez ou a pior dor de cabeça já sentida.
- Mudança no padrão da dor, como mudança de local ou intensidade.
- Déficits neurológicos, como fraqueza, alterações de sensibilidade ou alterações de fala.
- Sinais sistêmicos, como febre, rigidez de nuca, manchas no corpo.
- Presença de vômitos persistentes, especialmente se acompanhados de outros sintomas.
Como é feito o diagnóstico da cefaleia?
O diagnóstico da cefaleia é clínico, focado em exames físicos e anamnese. O processo funciona da seguinte forma:
- Anamnese: o médico questiona mais especificamente sobre a dor para o paciente, investiga fatores desencadeantes como alimentação e estresse, além de buscar sintomas associados como náusea e vômitos;
- Exame físico e neurológico: é realizado um exame físico completo com ênfase no sistema nervoso, bem como medir a pressão arterial e frequência cardíaca;
- Exames complementares: em alguns casos, é necessário realizar exames de imagens, como tomografia de crânio, ressonância e eletroencefalograma.
Tratamento dos diferentes tipos de cefaleia
O tratamento para a cefaleia vai de acordo com o tipo e gravidade da condição. Veja a seguir!
Tratamento das cefaleias primárias
O tratamento da cefaleia tensional pode envolver a fisioterapia com controle de estresse, associado a uma baixa dose de amitriptilina quando a dor for muito intensa.
Para a enxaqueca, em situações de crises habituais é prescrito o uso de analgesia simples com AAS, Paracetamol ou AINEs, associando Metoclopramida (antiemético procinético) caso ocorra náusea. Já para crises mais severas é prescrita a classe de remédios “Triptanos” (ex: Sumatriptano) como medicamento para abortar o episódio. O uso deste medicamento deve ser feito com muita orientação do profissional pelo potencial de dependência.
Por fim, para a cefaleia em salvas, o tratamento ocorre por meio de aplicações de injeções subcutâneas de Sumatriptano associadas à oxigenoterapia.
Tratamento das cefaleias secundárias
O tratamento das cefaleias secundárias foca na causa da dor de cabeça, e não somente da dor. Em alguns casos, o médico pode prescrever o uso de analgésicos para alívio da dor, mas o foco ainda será a causa.
Para isso, o primeiro passo é identificar a causa através de exames, e uma vez identificada, o foco será nessa condição, podendo incluir cirurgias ou fisioterapia. O tratamento dependerá da causa encontrada, podendo ser:
- Cefaleia devido a infecção: o tratamento ocorre por meio de antibióticos ou antifúngicos;
- Cefaleia devido a sinusite: pode ser tratada com descongestionantes, antibióticos, ou outros tratamentos para aliviar a inflamação e desconforto nos seios nasais;
- Cefaleia devido a tumores: o tratamento é feito por meio de cirurgias, radioterapia ou quimioterapia;
- Cefaleia devido a glaucoma: pode ser tratada com medicamentos ou cirurgia para baixar a pressão intraocular;
- Cefaleia devido a problemas dentários: o tratamento é odontológico, podendo contar com extrações ou restaurações.
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