A bronquiolite viral aguda é uma infecção respiratória comum e potencialmente grave que afeta principalmente bebês e crianças menores de 2 anos. Seus principais sintomas são tosse, chiado no peito, febre e dificuldade para respirar. Na maioria dos casos, evolui de forma leve, mas pode exigir hospitalização quando há sinais de insuficiência respiratória.

Quais são os sintomas da bronquiolite viral aguda?
- Tosse seca ou produtiva;
- Chiado no peito;
- Febre;
- Dificuldade para respirar;
- Irritabilidade ou prostração;
- Diminuição do apetite;
- Episódios de apneia.
Quando a bronquiolite é considerada grave?
A bronquiolite é considerada grave quando há sinais de insuficiência respiratória, como:
- Cianose;
- Gemência, tiragem intercostal ou batimento de asa nasal intensos;
- Saturação de oxigênio abaixo de 92%;
- Apneia recorrente;
- Recusa alimentar significativa;
- Letargia ou irritabilidade intensa.
Monitoramento:
- Ambulatorial: crianças sem sinais de gravidade, com boa aceitação alimentar e saturação > 94%;
- Hospitalar: sinais de insuficiência respiratória, desidratação, comorbidades, ou idade < 3 meses.
Algoritmo clínico simplificado:
- Avaliação clínica e oximetria de pulso;
- Saturação ≥ 94%, bom estado geral: manejo ambulatorial com hidratação e observação;
- Saturação < 94%, esforço respiratório aumentado, idade < 3 meses, ou comorbidades: encaminhar para internação hospitalar.
Quais as causas da bronquiolite viral aguda?
A principal causa da bronquiolite viral aguda é o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por mais de 70% dos casos. Outros vírus também podem causar a doença, como:
- Rinovírus;
- Adenovírus;
- Metapneumovírus humano;
- Parainfluenza;
- Influenza A e B.
Como é feito o diagnóstico da bronquiolite viral aguda?
O diagnóstico da bronquiolite é clínico, baseado na história de infecção respiratória leve seguida de piora do padrão respiratório, especialmente em lactentes.
Sinais físicos observados:
- Taquipneia;
- Tiragem intercostal;
- Chiado difuso;
- Estertores finos;
- Prolongamento do tempo expiatório.
Exames complementares (como RX ou testes virais) são indicados apenas em casos graves, atípicos ou com risco de complicações.
Qual o tratamento para bronquiolite viral aguda?
Não existe tratamento específico para eliminar o vírus. O tratamento é sintomático e de suporte, com foco em:
- Hidratação adequada;
- Oxigenoterapia se saturação < 92%;
- Aspirar secreções nasais em casos de obstrução;
- Monitoramento da função respiratória.
Atenção: broncodilatadores, corticoides ou antibióticos não são indicados de rotina. Sempre consulte um profissional de saúde antes de administrar qualquer medicamento.
Fatores de risco (FR) da bronquiolite viral aguda
Fatores que aumentam o risco de formas graves:
- Prematuridade (< 37 semanas);
- Doenças cardíacas congênitas;
- Doenças pulmonares crônicas;
- Imunodeficiências;
- Idade < 3 meses.
Fatores socioambientais:
- Exposição ao fumo passivo;
- Superlotação domiciliar;
- Falta de aleitamento materno;
- Baixo nível socioeconômico.
Identificação precoce de alto risco:
- Anamnese detalhada;
- Avaliação de comorbidades;
- Monitoramento frequente nos primeiros dias de evolução da doença.
Como prevenir a bronquiolite viral aguda?
- Higiene das mãos frequente, principalmente ao lidar com crianças pequenas;
- Evitar contato com pessoas gripadas ou resfriadas;
- Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses;
- Vacinação em dia, especialmente contra influenza;
Imunoprofilaxia com palivizumabe em grupos de alto risco.
Prognóstico e complicações
A maioria dos casos tem resolução espontânea em 7 a 10 dias, mas a tosse pode persistir por até 3 semanas.
Complicações possíveis:
- Apneia;
- Insuficiência respiratória aguda;
- Desidratação;
- Otite média aguda;
- Internações repetidas.
Impactos a longo prazo:
- Crianças que tiveram bronquiolite grave têm maior risco de desenvolver asma na infância;
- Sequelas respiratórias crônicas são raras, mas mais comuns em pacientes com comorbidades ou exposições ambientais prejudiciais.
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