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sexta-feira, 20 junho
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Bronquiolite viral aguda: saiba identificar, prevenir e tratar

A bronquiolite viral aguda é uma infecção respiratória comum e potencialmente grave que afeta principalmente bebês e crianças menores de 2 anos. Seus principais sintomas são tosse, chiado no peito, febre e dificuldade para respirar. Na maioria dos casos, evolui de forma leve, mas pode exigir hospitalização quando há sinais de insuficiência respiratória.

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Quais são os sintomas da bronquiolite viral aguda?

  • Tosse seca ou produtiva;
  • Chiado no peito;
  • Febre;
  • Dificuldade para respirar;
  • Irritabilidade ou prostração;
  • Diminuição do apetite;
  • Episódios de apneia.

Quando a bronquiolite é considerada grave?

A bronquiolite é considerada grave quando há sinais de insuficiência respiratória, como:

  • Cianose;
  • Gemência, tiragem intercostal ou batimento de asa nasal intensos;
  • Saturação de oxigênio abaixo de 92%;
  • Apneia recorrente;
  • Recusa alimentar significativa;
  • Letargia ou irritabilidade intensa.

Monitoramento:

  • Ambulatorial: crianças sem sinais de gravidade, com boa aceitação alimentar e saturação > 94%;
  • Hospitalar: sinais de insuficiência respiratória, desidratação, comorbidades, ou idade < 3 meses.

Algoritmo clínico simplificado:

  1. Avaliação clínica e oximetria de pulso;
  2. Saturação ≥ 94%, bom estado geral: manejo ambulatorial com hidratação e observação;
  3. Saturação < 94%, esforço respiratório aumentado, idade < 3 meses, ou comorbidades: encaminhar para internação hospitalar.

Quais as causas da bronquiolite viral aguda?

A principal causa da bronquiolite viral aguda é o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por mais de 70% dos casos. Outros vírus também podem causar a doença, como:

  • Rinovírus;
  • Adenovírus;
  • Metapneumovírus humano;
  • Parainfluenza;
  • Influenza A e B.

Como é feito o diagnóstico da bronquiolite viral aguda?

O diagnóstico da bronquiolite é clínico, baseado na história de infecção respiratória leve seguida de piora do padrão respiratório, especialmente em lactentes.

Sinais físicos observados:

  • Taquipneia;
  • Tiragem intercostal;
  • Chiado difuso;
  • Estertores finos;
  • Prolongamento do tempo expiatório.

Exames complementares (como RX ou testes virais) são indicados apenas em casos graves, atípicos ou com risco de complicações.

Qual o tratamento para bronquiolite viral aguda?

Não existe tratamento específico para eliminar o vírus. O tratamento é sintomático e de suporte, com foco em:

  • Hidratação adequada;
  • Oxigenoterapia se saturação < 92%;
  • Aspirar secreções nasais em casos de obstrução;
  • Monitoramento da função respiratória.

Atenção: broncodilatadores, corticoides ou antibióticos não são indicados de rotina. Sempre consulte um profissional de saúde antes de administrar qualquer medicamento.

Fatores de risco (FR) da bronquiolite viral aguda

Fatores que aumentam o risco de formas graves:

  • Prematuridade (< 37 semanas);
  • Doenças cardíacas congênitas;
  • Doenças pulmonares crônicas;
  • Imunodeficiências;
  • Idade < 3 meses.

Fatores socioambientais:

  • Exposição ao fumo passivo;
  • Superlotação domiciliar;
  • Falta de aleitamento materno;
  • Baixo nível socioeconômico.

Identificação precoce de alto risco:

  • Anamnese detalhada;
  • Avaliação de comorbidades;
  • Monitoramento frequente nos primeiros dias de evolução da doença.

Como prevenir a bronquiolite viral aguda?

  • Higiene das mãos frequente, principalmente ao lidar com crianças pequenas;
  • Evitar contato com pessoas gripadas ou resfriadas;
  • Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses;
  • Vacinação em dia, especialmente contra influenza;

Imunoprofilaxia com palivizumabe em grupos de alto risco.

Prognóstico e complicações

A maioria dos casos tem resolução espontânea em 7 a 10 dias, mas a tosse pode persistir por até 3 semanas.

Complicações possíveis:

  • Apneia;
  • Insuficiência respiratória aguda;
  • Desidratação;
  • Otite média aguda;
  • Internações repetidas.

Impactos a longo prazo:

  • Crianças que tiveram bronquiolite grave têm maior risco de desenvolver asma na infância;
  • Sequelas respiratórias crônicas são raras, mas mais comuns em pacientes com comorbidades ou exposições ambientais prejudiciais.

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